top of page

Porque as profecias que se cumprem são vagas

  • Foto do escritor: Izequias Rafael Amade
    Izequias Rafael Amade
  • 2 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de dez. de 2019

Profecias cujo a probabilidade de acontecerem pode ser determinada de forma analítica, são vagas, quando estão dentro do caso de maior probabilidade.


Profecias que prevêem catástrofes, fome, doenças e guerras, são muito vagas, a menos que estejam bem pormenorizadas e, conforme descritas, venham a acontecer de exacta forma. Quando apenas se prevê uma catástrofe ou guerra sem pormenorização é muito vago. Uma profecia dessas qualquer um pode fazer e vir a acontecer, pois pela nossa experiência quotidiana têm muita probabilidade de acontecer.


Se eu dizer que dentro dos próximos 5 anos haverão terramotos e tsunamis que matarão muita gente, tenho muita probabilidade de acertar. Isso acontece porque sei que essas coisas normalmente têm acontecido e é quase impossível passarem 5 ou 10 anos sem acontecerem.


Se eu dizer que o mundo não acabará sem que haja uma terceira guerra mundial, também tenho muita probabilidade de acertar.


Uma profecia plausível seria prever um evento incognoscível e vir a acontecer obedecendo todos os pormenores.


Uma profecia plausível seria prever algo com pormenores e vir a acontecer obedecendo toda a descrição.


Uma profecia plausível seria, por exemplo, dizer que no ano X o indivíduo B, sairá às tantas horas para o lugar Y, será funcionário de uma empresa Z que, após dar um discurso W, vai chover durante N minutos, e após o fim da chuva será despedido do seu cargo, razão pela qual suicidar-se-á.


Informações pouco rigorosas e cheias de alegorias, cujo o significado é fruto de várias etapas de interpretações, não são credíveis como profecias.


Interpretar uma profecia cheia de alegorias, é como interpretar uma poesia cheia de figuras de estilo. Nada garante que a interpelação vai ao encontro de o que o autor quis dizer. Os significados obtidos nessas interpretações são subjectivos.


Somente a pessoa que tirou essas coisas da cabeça é que sabe o que realmente quis dizer. O resto são suposições.


Uma única poesia ganha vários significados, dependendo do intérprete, tempo e o lugar em que é interpretada. Assim também acontece com as profecias.


O que acontece é que, ao fazer uma interpretação, o intérprete já tem uma ideia pré-concebida. Com isso ao interpretar vai reunir mecanismos para a profecia se encaixar na sua ideia.


Se eu quiser que o anti-Cristo seja Donald Trump, vou trazer uma dose de interpretações para a profecia se encaixar no Trump, assim como se quiser que seja o Papa, Emanuel Macron ou qualquer outra figura, posso interpretar de maneira a se encaixar.


Geralmente essas profecias requerem varias etapas de interpretações, como a exegese, hermenêutica etc., o que faz com que o significado seja subjectivo. Porque nada assegura que o significado resultante das interpretações é exactamente o que o autor quis dizer.


E também verifica-se que diferentes intérpretes chegam a conclusões diferentes. Por exemplo das profecias do Apocalipse os católicos têm um significado e os protestantes têm outros.






 
 
 

留言


bottom of page